CAMPANHAS DE ADVOCACIA E MUDANÇA
ADVOCACIA E MOBILIZAÇÃO: PROTEÇÃO SOCIAL AS CRIANÇAS COM ALBINISMO

ADVOCACIA E MOBILIZAÇÃO: PROTEÇÃO SOCIAL AS CRIANÇAS COM ALBINISMO

Consultoria técnica a implementação do programa Naturalmente Como Nós, que apoia as crianças menores de 10 anos com albinismo, residentes em Maputo e contribui para a promoção dos direitos da criança.

Esta actividade enquadrou-se nos objectivos do Programa Como Nós que incidiu sobre a Correção da Deficiência na Visão, Prevenção do Cancro de Pele, e tratamento de Mal Nutrição, as crianças com albinismo.

Tinha igualmente o objectivo de apoiar na melhoria da condição de vida e proteção social das famílias de baixa renda, com incidência para saúde materno infantil.

HISTÓRIA DE IMPACTO

Safira Matavele e os ocúlos da pequena Elisa (menina com albinismo).

A vida de Safira Matavele foi sempre um caminho difícil de percorrer. Cresceu nos arredores da cidade de Maputo onde sempre trabalhou e morou.

Quis o destino que ela ou o seu falecido marido tivessem o gene portador do albinismo e de um casamento de anos, nasceram duas crianças portadoras de albinismo.

Quando tinha 39 anos de idade, o marido de Safira Matavele morreu e desde esse momento que o quotidiano desta mulher se desdobra entre a venda de vegetais num pequeno mercado informal do bairro e o cuidado das suas filhas.

Mãe preocupada, Safira trabalha arduamente para tentar construir um futuro mais risonho para as suas filhas. No entanto, a sua filha de 8 anos, Elisa, é aquela que inspira mais cuidados.

A pequena Elisa tem graves problemas de vista, uma deficiência que a impede de aprender ao mesmo ritmo que os seus colegas de turma.

As letras muito pequenas ou a falta de nitidez são algumas das limitações na leitura das lições no quadro da sala de aulas e esse facto, fez já com que a pequeno Elisa tivesse que repetir a 2ª classe dois anos seguidos.

Elisa na sala de aulas

Infelizmente, a progressão da educação da Elisa está em risco, já que de acordo com o seu professor, há fortes probabilidades de que a reprovação faça parte do seu desempenho escolar este ano, o que irá fazer com a criança não se possa matricular no próximo ano.

Este é um ciclo já quase vicioso, já que, tal como Elisa Macome há em Moçambique centenas de crianças albinas cujas condições físicas de deficiencia visual e dificuldades de integracão sociais representam dificuldades adicionais à sua aprendizagem e ao desenvolvimento.

Elisa tem esperanca de um dia poder saber ler e escrever muito bem. Com o seu primeiro par de ocúlos graduados, o sonho agora e cada vez mais real e acredita que ainda pode recuperar esta época escolar.

Já para a mãe, Safira, há uma motivação em acreditar que as duas filhas terão uma profissao e uma vida melhor, uma vez que a mais nova, Noémia Macome, de 6 anos de idade, que frequenta a 1 classe, também ja tem o seus óculos a partir de 01 de Junho.

Este passo é mais do que a garantia de que estas crianças estejam aptas a passar de anos, é isso a aposta num crescimento sustentável e integrado.https://www.facebook.com/naturalmenteComoNos

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